Foto: Tiago Calazans |
No repertório funk, soul, samba, jazz e bossa.
Desde o início até o fim, a banda carioca cheia de groove, mostrou saber bem
passear pelos mais variados estilos, sem soar clichê ou obsoleto. Quando você estava
convencido que a batida era um funk, eles vinham e mudavam a direção da canção
para outra levada também cheia de swing,
Executando temas que vão desde trilha sonora de filmes, exemplo de “pantera”, - música
inspirada nos filmes policiais - à novelas e séries TV, a pegada era sempre forte com os metais e percussão como carros-chefes da apresentação.
Com a participação do consagrado compositor e
arranjador da bossa nova, Marcos Valle, a performance só fez crescer, somando
o talento de duas gerações distintas, porém uma não menos talentosa que a
outra. Marcos introduz logo de cara duas de algumas de suas composições bem-sucedidas que foram temas de
novelas: “Azymuth” (nome que veio a ser adotada pela banda carioca) e “Selva de pedra”, já famosa do grande
público.
Apesar disso, o público presente parecia em parte
alheio à apresentação que via e pouco vibrava com o ritmo cheio de afrobeats com
forte influência percussiva. Da metade pro final do show os músicos ousaram
convidar a igreja a cantar junto o tema "Hey Salomão", porém sem sucesso. O clima morno permaneceu
inerte até o final, quando ao voltarem para o BIS, a maioria desinteressada já
tinha dispersado, ficando apenas parte dos que já tinham deixado a timidez de
lado e se rendido à pegada latina.
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