
O concerto teve início com duas músicas ciganas bem animadas: Ungarish, de Halvorsen , e Hejre Kati, de Hubay. Em seguida, foram tocados dois choros de W. Azevedo: Pedacinho do céu e Vê Se Gostas. Mas não só os clássicos tiveram vez, a música country de Debski – queridinho de Hollywood - também teve espaço na apresentação, chamando os espectadores para participar com palmas. Também de Debski, foi executado um choro judaico, que com trechos de notas extremamente agudas seguidas de trechos graves emocionou o público.
Enquanto executa cada obra, Milewski parece respirar junto com o violino. Longe de ser coadjuvante, Aleida, por sua vez, dá vida ao som do violino do marido e acentua principalmente as obras mais animadas. A sintonia do casal foi sentida pela plateia, que interagia bastante com o violinista. Espontâneo como se tivesse nascido no Brasil, Milewski passeou pela igreja, tocando para membro da plateia e tornando o espetáculo ainda mais dinâmico.
A sensação da noite, entretanto, ficou por conta da presença do maestro pernambucano Cussy de Almeida, que recebeu uma homenagem no concerto. O duo tocou uma releitura de Pixinguinha feita pelo maestro pernambucano. “Não esperava essa surpresa, mas é sempre muito bom ser homenageado. Massageia nosso ego”, revelou o maestro, que já tocou a dois violinos com Milewski. O violinista, por outro lado, ressaltou a importância de Cussy. “Toco obras dele na Europa e o público sempre aplaude de pé”.
Desta vez, apesar de não lotar a igreja, a plateia estava entusiasmada ao ponto de, após o término, pedir que o violonista voltasse. Milewski respondeu à altura, voltou e encerrou a apresentação com o clássico tango Adiós Nonino, do argentino Piazzola.
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