sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Confira imagens da abertura oficial da MIMO


Foto: Beto Figueiroa
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Fotos 01/09/10

Wagner Tiso é homenageado com prato especial

Foto: Beto Figueiroa

Don Francesco e o polppettone com pappardelle

Davi Lira
Da equipe do Blog da Mimo

"Fracesco, o pappardelle é com ´duo ele´ é?", a pergunta é feita pela esposa do proprietário do restaurante italiano localizado em Olinda, Norma Siqueira. A dúvida, gerada durante entrevista ao Blog da Mimo, é simples. É sobre a grafia dessa massa caseira feita com ovos biológicos e um pouco mas larga que o conhecido talharim. A importância da escrita, na verdade, é mínima, mas simbólica. O que interessa na verdade é que esse prato, acompanhado ao molho ragu (bolonhesa), apresentado em uma travessa com filé moído e regado a temperos e aromas mediterrâneos é o grande destaque que o chef Franchesco Carretta apresenta para os visitantes da Mimo. Ao nome da massa, Franchesco, adicionou o "a la Wagner Tiso", em homenagem ao instrumentista de jazz mineiro, o que deu mais charme ainda ao menu da cozinha italiana.

Sobremesa Segundo Norma, "é, de fato, uma refeição completa, dispensa entrada". De acordo com ela, não há como resistir ao sabor das almôdegas cozinhadas com vinho Merlot, cobertas com molho pomodoro e queijo mussarela acrescidos do pappardelle. E a tentação não para. É tanta, que para a sobremesa o casal é categórico na sugestão: "depois ainda tem o struddell de maça, com uvas passas pinoli". 'Pinoli' com apenas "una ´l´" se antecipa Norma.

Serviço
Restaurante Italiano Don Francesco
Rua Prudente de Morais, 358 - Carmo (Olinda/PE).
Horário: 11h30/15h (seg a sexta) 18h30 às 00h (sábado) 14h as 19h (domingo) 81 - 34293852
Preços: Polppettone - individual (R$ 28) Strudell (R$ 10)

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E depois?


Bom, ontem após o fim das apresentações da MIMO, boa parte do público procurava locais para esticar a noite, onde pudesse beber, comer e claro, comentar sobre o festival. Devido também ao grande número de turistas que vêm a Olinda apreciar os concertos, nós resolvemos citar um dos locais mais conhecidos e tradicionais da cidade alta: A budega do véio. Lá tem de tudo um pouco, desde petiscos, bebidas à apresentações de grupos de samba ou Dj's que mandam ver na animação. Lembrando que a Budega fica aberta até às 23:00 podendo estender um pouco mais. Então é isso, fica a dica para quem aproveitar a noite de Olinda, mas claro, depois da MIMO.

Local: Budega do Véio
Endereço: Rua Amparo, nº 212 - Amparo/Olinda

Psicodelia Lírica

Clássicos de uma banda como Beatles parece algo previsível e uma fórmula perfeita para o sucesso. Mas, longe dos clichês e releituras habituais, o que veremos será um show à parte de músicos instrumentais do "Duofel" que transformaram hits complexos e psicodélicos do quarteto britânico em canções líricas, porém, sofisticadas. Com grande refinamento e aura poética em seus violões, a dupla traz na abertura do show a vibrante “Got to get you into my life”, passando por “Across the universe” e chegando ao ponto de destaque com a aclamada “Lucy in the Sky with Diamonds” intercalada com a balada “Here comes the Sun” do George Harrison. Incorporando elementos da música nordestina em seus instrumentos, os músicos executam canções pomposas do grupo inglês de maneira única, trabalhando-as com parcimônia e simplicidade.

Concerto: Duofel Local: Seminário de Olinda Horário: 19:00 hs

Swing, improvisos e euforia

20h30 - Mario Canonge Trio (Martinica) | Igreja da Sé (Olinda)

O ritmo é inerente ao ser humano e a marcação métrica do compasso musical está implícita em nós. O coração pulsa, o caminhar se sucede em intervalos regulares, a respiração exige simetria; ou seja, somos também tempo musical. O Mario Canonge Trio acentua esse aspecto da natureza humana, pois as composições do pianista transbordam swing. Os momentos iniciais de sua Plein Sud já deixam claro sua relação magnífica com o ritmo. Um tema de melodia sinuosa que serpenteia sobre uma estrutura harmônica firme e brinca com os andamentos e acentuações inclusive na ocasião dos improvisos. Madikera (um tambor típico da Martinica) se inicia com um solo de bateria o qual descamba para atmosfera fluida junto ao piano antes de expor seu motivo repleto de idas, vindas e mudanças de curso. Definitivamente, um concerto imperdível no qual será ainda mais sedutor se entregar ao balanço que nos rege.

Ciclo do Recife

Um filme pernambucano passado em 1925 que traz em sua narrativa histórias passadas no litoral... E vocês podem questionar-se: Como assim, um filme pernambucano na primeira metade do século XX? Isso mesmo, poucos sabem, mas fato é que nesse período do cinema mudo, nossa cidade já produzia filmes e de qualidade e ousadia para sua época. Esse período ficou marcado como "o ciclo do Recife".

Aitaré da Praia foi um desses filmes produzidos durante o ciclo, considerado até mesmo o pioneiro da empreitada e que já nasceu maduro, com cortes nas filmagens que deixavam bastante clara a ação precursora de uma linguagem cinematográfica moderna e arrojada para a época. O enredo abordado, porém, não requer muita reflexão, retratando a história de pescadores e jangadeiros vivenciada em nossa paisagem litorânea.

A narrativa é sem dúvidas um presente para nossa realidade, uma vez que o período retratado carece bastante de registros da nossa cidade e pode elucidar questões sociais que eram vivenciadas naquele dado momento. Entretanto as imagens a ser vistas também podem representar um milagre, uma vez que sabe-se por senso comum que a indústria do cinema local passou e ainda passa por sérias dificuldades que ultrapassam os anseios daqueles que o produzem.

Para quem quiser conferir hoje:

Filme: Aitaré Da Praia
Local: Igreja da Sé
Horário: 19:00 hs

"Nem homem, nem mulher. Gente"

Para alguns, os anos 60/70 foram os mais prósperos da nossa cultura. Há quem discorde e diga que atualmente se produz em maior quantidade, intensidade e com tanta qualidade quanto naqueles tempos. Mas não há como negar uma coisa: a vontade de revolucionar a cultura, quebrar padrões vigentes e lutar contra preconceitos estéticos, culturais, raciais e de gênero eram características muito mais fortes naqueles tempos em que a ditadura militar assombrava e ao mesmo tempo estimulava a produção cultural nas diversas áreas.

Em meio a tanta pressão dos militares, surgiram durante a ditadura alguns grupos, artistas e movimentos que marcaram a história da cultura brasileira. Chico Buarque, Caetano, Gil, o Tropicalismo, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, a Jovem Guarda... todos eles foram bastante estudados e tiveram seus lugares ao sol devidamente reservados. Mas uma parte dessa efervescência cultural começa a ser esquecida pelos que viveram a época e sequer são conhecidas pelos jovens de hoje. E foi para lutar contra esse esquecimento que os diretores Raphael Alvarez e Tatiana Issa resolveram encarar a produção do documentário Dzi Croquettes.

Utilizando-se de depoimentos marcantes, imagens de arquivo e uma boa dose de humor, o documentário apresenta o percurso trilhado pelo grupo Dzi Croquetes que, ainda na década de setenta, escandalizava as platéias brasileiras ao lutar contra a ditadura, a censura e os preconceitos de gênero de uma maneira bem humorada e pra lá de inusitada. A autodefinição já acusa o tom da proposta. "Nem homens, nem mulheres. Gente". Era um grupo de Gente, com todas as suas formas e pelos característicos do sexo masculino, vestidos e pintados como mulheres, num espetáculo que misturava teatro, música, dança e tudo o mais que pudesse chocar o público e quebrar algumas regras. Era a sexualidade posta em xeque de uma maneira clara, criativa e incisiva.

Premiado em diversos festivais pelo país, o documentário Dzi Croquetes chega para salvar do esquecimento um dos grupos de vanguarda com maior êxito do período militar. Sucesso de crítica e público num Brasil que parecia não oferecer condições para tais manifestações, o grupo chegou a fazer longas turnês pela Europa (específicamente na França, onde também conseguiu conquistar rapidamente o público).

Dzi Croquetes é o delicioso retrato de um grupo que pensava e agia de uma maneira muito a frente do seu tempo. Sem preconceitos, sem pudor, sem censura. O documentário será apresentado hoje, às 20hr, no Mercado da Ribeira/Olinda.

Barra Mansa?

Ontem, ao final da apresentação da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, algumas pessoas, admiradas com a beleza do concerto, se perguntavam onde, afinal, estava localizada a cidade de Barra Mansa. Para matar a curiosidade, Barra Mansa é um município situado no sul do Rio de Janeiro que começou a ser ocupado no final do século XVIII. A cidade está localizada na região do Médio Vale do Paraíba a cerca de 110km da capital (RJ) e tem uma população estimada em 172 mil habitantes segundo o censo do IBGE de 2000.

Sorteio de convite 2 - Vencedora

A Tereza Lyra acertou a resposta da nossa segunda pergunta valendo convite para o concerto do dia na Igreja da Sé: Guadalupe é o outro departamento de ultramar da França no Caribe. Parabéns, Tereza.

No Orkut ou no meio da rua

Você já pensou se pudesse adicionar Mozart e Beethoven no Orkut e no Facebook ou topar com eles em um parque? Realmente, essa pergunta não passa de um exercício de imaginação, mas serve para lembrar que a música clássica é tão vívida quanto nos tempos em que era possível conversar e tomar um vinho com os gênios que habitavam Viena. O Trio Puelli parece nos despertar para o fato de ser formado apenas por mulheres, ou para o charme de suas integrantes, mas nasceu justamente com o intuito de divulgar obras de compositores brasileiros ativos e premiados, independente de correntes estéticas. Marlos Nobre, Ricardo Tacuchian, Ronaldo Miranda, Edson Zampronha, Edmundo Villani-Côrtes e Mário Ficarelli são apenas seis desses compositores que todos os anos recebem encomendas de vários países e ainda por cima são despojados do complexo da torre de marfim. Você pode até dizer que nunca ouviu falar desses nomes, mas nada lhe impede de encontrá-los na rua ou pelo perfil de um amigo em comum no Orkut.

Carlos Eduardo Amaral
Da equipe do Blog da Mimo
www.blogmimo.blogspot.com

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Texto original do programa do concerto de hoje com o Trio Puelli.

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Música para todos os gostos

Na MIMO tem de tudo e muito. Para quem curte sinfonia, as opções são variadas, para os mais alternativos tem muita world music e outros tantos concertos contemporâneos. E ainda tem variadas opções de apresentaçãoes de música da Câmara.
Mas como a diversidade é tamanha e para evitar contratempos, confira no vídeo, algumas recomendações feitas pelo professor de música da UFPE, Artur Ortemblad.



Sugestão para esta sexta (3)
Trio Puelli
Data: 03/09/2010
Hora: 18h
Local: Convento de São Francisco (Olinda/PE)

Sugestão para este sábado (4)
Leonardo Altino e Ana Lúcia Altino
Data: 04/09/2010
Hora: 18h
Local: Convento de São Francisco (Olinda/PE)


Mudança no repertório

O programa do Concerto de abertura da MIMO 2010, com Isaac Karabtchevsky e a Sinfônica de Barra Mansa, constou somente da Sinfonia n° 5 de Tchaikovsky, tendo como bis a Abertura da ópera Carmen de Bizet. Mas como o visitante do Blog da Mimo tinha lido há mais de 24h, a Abertura estava escalada no repertório inicialmente previsto. Assim, o texto do programa original seria esse abaixo.

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Outra sinfonia fatídica


Os primeiros acordes do concerto de abertura da MIMO 2010, bastante familiares até mesmo a quem não conhece música clássica, parecerão prometer entusiasmo do início ao fim da apresentação. Mas os meros dois minutos e poucos segundos da galopante Abertura da ópera Carmen de Bizet (1838-1875) se refrearão, por certo, com a serena introdução da Sinfonia n° 5 de Tchaikóvski (1840-1893), de 1888. O tema inicial, de feições tártaras, tocado pela clarineta e retirado de uma breve passagem da ópera Uma vida para o Tsar de Glinka (1804-1857) que diz “que não se torne sofrimento”, induziu a uma frequente associação dessa obra com a Quinta de Beethoven pelo seu caráter fatídico. No entanto, esse tema, tratado como um leitmotiv (motivo condutor) que perpassa os demais três movimentos da sinfonia e neles vai assumindo novas expressões, culmina com uma mensagem triunfalista, sugerindo que sempre podemos lutar contra nosso suposto destino.

Carlos Eduardo Amaral
Da equipe do Blog da Mimo
www.blogmimo.blogspot.com

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Por motivos técnicos, o texto saiu sem título e assinatura, mas o lapso foi percebido e está sendo observado nos demais textos, de autoria de todos os membros do Blog da Mimo e publicados com antecedência a partir de hoje por aqui.

As melhores trilhas de todos os tempos

Confira a opinião do professor de Cinema da UFPE, Rodrigo Carreiro. Na lista das trilhas sonoras mais marcantes, nada menos que King Kong, Cidadão Kane, Três homens em conflito, Psicose e Tubarão.



Mais sobre a crítica
A crítica jornalística de Cinema tem quatro componentes básicos: a sistematização do raciocínio do resumo da obra, o envolvimento do texto com o contexto histórico, a análise mais consistente do filme, e finalmente o julgamento de gosto. E o componente sonoro, juntamente com a atuação, montagem, roteiro e tantos outros elementos do Cinema vão interferir definitivamente nessa análise mais apurada dos críticos, e até mesmo por parte da audiência, mesmo que um pouco menos atenta.


Filme
Nasci para bailar - João Donato Havana - Rio
Data: 03/09/2010
Hora: 17h30
Local: Mercado da Ribeira (Olinda/PE)

Trilhas sonoras rememoram a sensibilidade



Para o músico e professor da UFPE, Felipe Trotta, a trilha sonora é um elemento do Cinema que dá densidade afetiva e emocional ao audiovisual. E não é só. De acordo com ele, a música dos filmes trazem uma carga de memória sensorial consigo, algo que pode até não ser necessariamente verbal. "A música chega mais rápido ao inconsciente, sem o filtro da razão".
As relações tonais e rítmicas das bandas sonoras em Cinema tendem a ser mais efetivas quando os elementos de som: a fala, os ruídos e a música se definem melhor em cada um dos seus espaços estéticos.

Palestra
Criação de Trilhas Sonoras com Plínio Profeta
Data: 04/09/2010
Hora: 15h
Local: Mercado da Ribeira (Olinda/PE)

Duo de violão tem mais de 30 anos de carreira



Para o veterano estudante de música, Rafael Marques, esta sexta (3) será um dia e tanto. A boa pedida proposta por esse amante do bandolim e participante de três edições da MIMO, pela Orquestra de Corda dedilhada de Marcos César, é mesmo o violão em dose dupla de Fernando Melo e Luiz Bueno. Em sua agenda, o horário da noite já está reservado para a presentação do Duofel em sua performance com obras dos Beatles.

Fique por dentro do Concerto
Duofel
Data: 03/09/2010
Hora: 19h
Local: Seminário de Olinda (Olinda/PE)

Compositor aponta ponto alto da MIMO

Professor da UFPE, Paulo Lima começou a analisar a programação da MIMO 2010 de trás pra frente. As apresentações da data de encerramento, dia 7 (terça), foram destacadas pelo compositor, especialmente o concerto a ser realizado às 18h na Igreja da Misericórdia, em Olinda. Isso porque os músicos Ana Cecília Tavares e Marcelo Fagerlande trazem para o seu repertório "A arte da Fuga", de Bach, uma obra com partituras abertas, com versões para piano, orquestra e quinteto. Segundo Lima, "não será qualquer "A arte da fuga, será a "A arte da fuga" com versão inédita para dois cravos, de fato vai ser um dos pontos altos do festival, uma execução como essa é refinadíssima".

Fique por dentro do Concerto
Ana Cecília Tavares e Marcelo Fagerlande
Data: 07/09/2010
Hora: 18h
Local: Igreja da Misericórdia (Olinda/PE)

Sorteio de convites 2

Valendo o segundo convite, para a apresentação do Mario Canonge Trio, hoje na Igreja da Sé.

Canonge é natural da ilha de Martinica, um departamento de ultramar francês no Caribe. Qual é o nome do outro departamento francês situado nas pequenas Antilhas?

A primeira pessoa a responder corretamente nos comentários receberá a confirmação via e-mail e deverá ligar para o número informado, levando ainda um documento de identidade com foto na ocasião do recebimento do convite.

PS.: Não poderão participar pessoas que tenham contato pessoal ou profissional com os integrantes do Blog da Mimo ou com qualquer integrante da produção e da assessoria de imprensa da MIMO 2010.