sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um show de muitas possibilidades


Foto: Tiago Calazans
No repertório funk, soul, samba, jazz e bossa. Desde o início até o fim, a banda carioca cheia de groove, mostrou saber bem passear pelos mais variados estilos, sem soar clichê ou obsoleto. Quando você estava convencido que a batida era um funk, eles vinham e mudavam a direção da canção para outra levada também cheia de swing,

Executando temas que vão desde trilha sonora de filmes, exemplo de “pantera”, - música inspirada nos filmes policiais - à novelas e séries TV, a pegada era sempre forte com os metais e percussão como carros-chefes da apresentação.

Com a participação do consagrado compositor e arranjador da bossa nova, Marcos Valle, a performance só fez crescer, somando o talento de duas gerações distintas, porém uma não menos talentosa que a outra. Marcos introduz logo de cara duas de algumas de suas composições bem-sucedidas que foram temas de novelas: “Azymuth” (nome que veio a ser adotada pela banda carioca) e “Selva de pedra”, já famosa do grande público.

Apesar disso, o público presente parecia em parte alheio à apresentação que via e pouco vibrava com o ritmo cheio de afrobeats com forte influência percussiva. Da metade pro final do show os músicos ousaram convidar a igreja a cantar junto o tema "Hey Salomão", porém sem sucesso. O clima morno permaneceu inerte até o final, quando ao voltarem para o BIS, a maioria desinteressada já tinha dispersado, ficando apenas parte dos que já tinham deixado a timidez de lado e se rendido à pegada latina.

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