segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Philip Glass e Tim Fain: o mestre e o aprendiz em concerto memorável



Crédito: Beto Figueiroa/SantoLima
O pesquisador José Miguel Wisnik conta, em O som e o sentido: uma outra história das músicas, que em uma peça chamada Composição n° 7 (1960), de La Monte Young, a partitura manda sustentar um só som por tempo indeterminado. Essa forma elementar de exposição do que soa aos ouvidos é a característica básica da música minimalista, também chamada de repetitiva, da qual o compositor Philip Glass é considerado ícone. Autor de óperas como Einstein on the beach, Glass, atuando como pianista, mostrou, na noite de sábado (10), na Igreja da Sé, que de básico não tem nada. Aos 73 anos, também se revelou generoso. Ao invés de se apresentar sozinho, preferiu estar na companhia do violinista Tim Fain.

Enquanto o jovem promissor Fain emocionava os espectadores ao tocar os sete movimentos da Partita para violino solo, o preciso dedilhar do americano Philip Glass era de causar espanto. Seja em composições como The Orchard ou The French Lieutenant, um dos maiores músicos vivos, em atividade, ratificou o porquê de já ter conquistado um Globo de Ouro com a trilha do filme O show de Truman, de Peter Weird. Após cumprir o programa do concerto, Glass apresentou, ainda, mais três composições. Uma delas é, inclusive, um dos seus trabalhos mais conhecidos, intitulado Glassworks. Isso só não agradou mais do que ouvi-lo falar o idioma português, em todas as vezes que se dirigia ao público, com a ajuda de uma “cola” preparada, anteriormente, pela produção da MIMO 2011.


Confira parte da apresentação dos músicos Philip Glass e Tim Fain na MIMO 2011:





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