segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A batuta mortal


Foto: Divulgação

Pra terminar de falar de Isaac Karabtchevsky, apenas deixo por extenso a historinha que ele contou sobre o cajado de Jean Baptiste Lully - arquiconhecida (para usar uma palavra típica do filósofo Olavo de Carvalho) de maestros, compositores e amantes da música clássica.

A batuta surgiu apenas no início do século XIX. Antes, os regentes usavam as mãos, o arco do violino (quando o spalla orientava o grupo) ou, mais antigamente, um cajado - com o qual marcavam o compasso batendo-o no chão.

Desde que Lully (o mais representativo compositor barroco francês) morreu de gangrena, uma semana após acertar seu próprio pé com o cajado, acidentalmente, seu finale tragicômico tem sido usado como história pitoresca - ou como alegoria do autoritarismo a ser evitado pelos regentes, já que o compositor (membro da Corte de Luís XIV, o Rei Sol) era irritadiço e caprichoso.

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