quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ela é toda alegria




Dona de um carisma ímpar, Délia Fischer iniciou seu show explicando o porquê daquela homenagem. Em seguida, preveniu o público de que o repertório apresentado ali seria baseado principalmente na fase mais popular de Egberto Gismonti. Músicas, portanto, onde o caráter experimental de sua obra recente é substituído por canções que bebem nos ritmos populares e melodias mais fáceis (ou menos difíceis).

Acompanhada por uma banda impecável, Délia passou a esbanjar maestria, hora como instrumentista, hora como cantora. Distribuiu elogios à produção do evento, à paradisíaca Olinda e aos seus músicos maravilhosos (cada um tocando o seu instrumento e fazendo graça com mais alguns – como o baterista, que também faz percussão vocal e se arrisca no trompete). E por fim, encantou o público que lotava a Igreja do Rosário dos Pretos com sua magia. A alegria e a delicadeza ao tocar cada uma das músicas de seu mestre maior estavam estampadas no sorriso de Délia e dos seus músicos acompanhantes. Com uma presença de palco (altar, pra ser mais exato) de chamar atenção, ela não se conteve apenas a frente do teclado. Saiu do seu banquinho e foi para o meio da cena para cantar, bater palmas e reverenciar o público. E em uma frase, cantada numa música de Egberto, ela resumiu bem o seu show e o seu estado de espírito: “Hoje eu estou satisfeito. Cheguei, graças a Deus. Não há ninguém mais feliz que eu”.
Fotos: Rafael Moura

Um comentário:

  1. A apresentação realmente foi muito boa... O que foi péssimo foi o atrado de 1 hora e meia, com todos do lado de fora, aguardando poder entrar na igreja... Inclusive os idosos...

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