sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Repertório do concerto de Philip Glass


Études (1 & 2), piano solo
Estes estudos para piano são parte de um trabalho de 16 peças completadas em 1999. Cada estudo aborda o piano de uma maneira distinta, revelando uma série de peças bastante diversificadas.

Partita para Violino Solo em Sete Movimentos
Conheci Tim Fain durante a turnê do “Livro da saudade” (Book of longing), um concerto baseado na poesia de Leonard Cohen. Neste trabalho, todos os instrumentistas tinham partes solo. Logo depois desta turnê, Tim me pediu que eu compusesse alguma coisa para violino solo para ele tocar. Como havia ficado muito impressionado com sua habilidade ao violino, com a interpretação que ele deu ao meu trabalho, eu logo concordei.

Decidi por uma peça de sete movimentos. Pensei numa partita, inspirada pelas peças para teclado ou violino solo de Bach. A música daquele tempo incluía movimentos inspirados em danças, frequentemente uma chacona, que representa o exercício de composição. O que me estimulou sobre estas peças é que elas permitem ao compositor apresentar uma variedade de músicas compostas dentro de uma mesma estrutura geral. Comecei a trabalhar quase que imediatamente e ataquei as três primeiras peças. Dividi a chacona em duas partes separadas por vários outros movimentos. Dessa forma, os temas podem ser apresentados, postos de lado e reapresentados mais tarde.

Estava querendo uma estrutura expansiva e ao mesmo tempo bem amarrada. Tim começou a tocar a obra com estes três movimentos somente. O ultimo movimento foi completado no final de 2010. A première mundial da partita completa aconteceu em Middleburg, na Holanda, em maio deste ano. A estreia norte-americana vai acontecer em setembro [portanto os ouvintes da MIMO 2011 prestigiarão a estreia nas Américas].

Metamorphosis (4, 6, 10), piano solo
Trata-se de um grupo de peças para piano que compus em 1989 a partir do filme de Errol Morris “Uma tênue linha azul” e a peça “Metamorfose”, que faz parte da trilogia “O processo”, dirigida por Gerald Thomas, que estreou em São Paulo. Como trabalhei nos dois projetos simultaneamente, a música parece que se serviu bem para uma síntese como esta.

Música de “The screens”, piano e violino
a. The Orchard
b. France
c. O tenente francês
“The screens”, o último grande trabalho dramático de Jean Genet, estreou em Paris em 1966, no Teatro do Odeon. Foi uma explosão nas primeiras apresentações, com direito a protestos e polícia. Composta em colaboração com o griô Foday Musa Suso para a produção de “The screens”, que ficou em cartaz no Teatro Guthrie, em Minneapolis, foi dirigida por Jo Anne Akalatis em novembro de 1989. A peça se passa na Argélia, no início dos anos 60, durante o esforço revolucionário que o povo empreendeu para se tornar independente da França. Neste processo de combinar temas sobre colonialismo, exploração e a noção europeia de “árabe”, Genet nos dá uma visão dramática e duradoura do conflito.

Pendulum, piano e violino
A música para Pendulum foi estreada a partir de uma encomenda do Sindicato Americano da Liberdade Civil em seu 40° aniversário, em 2010. Foi originalmente composta como uma peça de um movimento para violino, violoncelo e piano. Recentemente, trabalhei com Tim Fain para rearranjar a peça para violino e piano. O espírito do trabalho e o nome permaneceram os mesmos.

Philip Glass se apresenta na MIMO através de um acordo com a Antares Produções

Nenhum comentário:

Postar um comentário