sábado, 10 de setembro de 2011

Entrevista - J. Orlando Alves

Foto: retirada do Facebook

José Orlando Alves, mineiro de Lavras, graduou-se e fez mestrado em Composição Musical pela UFRJ, tendo-se doutorado na mesma área pela Unicamp. Ao longo da última década participou e teve obras premiadas em festivais de música contemporânea, a exemplo de Intervenções II e III, concebidas em 2009 graças a uma Bolsa de Estímulo à Criação Artística da Funarte. Atualmente, Orlando trabalha como professor na UFPB e também integra o coletivo de compositores Prelúdio 21 e o Laboratório de Composição da Universidade Federal da Paraíba, o Compomus. Para o Blog da MIMO, ele fala com exclusividade sobre sua primeira participação na Mostra e sobre sua peça a ser executada hoje, o Concerto breve para sopros.

1. O que está motivando sua vinda à MIMO? É a primeira vez na Mostra?
Estou motivado a ir à MIMO esse ano porque a minha peça Concerto breve para sopros será interpretada no concerto de hoje às 16h, na Igreja de Nossa Senhora do Monte. É a primeira vez que estarei na Mostra. A peça será interpretada pelos alunos da Oficina de Madeiras da MIMO.

2. Que apresentações da MIMO você pretende acompanhar e por quê?
Além do concerto em que será tocada a minha peça, provavelmente assistirei ao concerto da Orquestra de Câmara da Cidade de João Pessoa, que tocará também hoje, na parte da manhã [às 11h]. Possivelmente também irei no concerto da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que se apresentará no domingo [às 18h30].

3. Em que projetos (e em quais composições) você tem trabalhado?
Estou trabalhando em uma composição coletiva junto com os meus colegas ligados ao Compomus (Laboratório de Composição Musical da UFPB). A obra já tem nome: Cantata Bruta, e já tem a data da estréia em João Pessoa. Será no sábado (29/10) às 20h, com a repetição do concerto no domingo (30/10) às 20h, no Cine Banguê, com a Orquestra de Câmara da Cidade de João Pessoa (OCCJP) e o Coro Sonantis, com regência de Eli-Eri Moura.

O texto da cantata é baseado em uma uma seleção de histórias integrantes d´A Gigantesca Morgue, de autoria de W. J. Solha que é uma série de 126 minicontos que faz parte de sua História Universal da Angústia. Acredito que a cantata também será apresentada em Recife em dezembro desse ano. Além disso, continuo como membro do grupo carioca Prelúdio 21, e nesse ano teremos o concerto de lançamento do nosso CD em parceria com o Quarteto Radamés Gnattali. O concerto será no CCJF (Centro Cultural da Justiça Federal) no dia 10/12/2011.

4. Por fim, fale um pouco da sua obra a ser apresentada na MIMO.
A obra que será apresentada na MIMO tem o nome de Concerto breve para sopros, foi escrita em 1998 e dedicada ao professor de oboé da UNIRIO, Luis Carlos Justi. Foi composta para 13 instrumentos de sopro: 03 flautas transversas, 03 oboés, 02 clarinetas, 01 fagote e 04 trompas. Na versão que será apresentada na MIMO, substituímos 02 trompas por 02 fagotes. A peça é baseada em uma estrutura formal tradicional de concerto subdividida em movimentos. Podemos entender a linguagem da peça como um tonalismo ezpandido, com claras influências de Stravinsky.

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No vídeo: Insinuâncias, para duo de percussão, de J. Orlando Alves.

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