sábado, 10 de setembro de 2011

Standard até que ponto? [3] - ou: Por que o bê-a-bá?)

Entre os fãs de música clássica, muito se questiona a razão de se empreender tantas gravações de obras já consagradas em prejuízo de outro sem-número de obras-primas que ainda não chegaram a se consolidar nos programas regulares das salas de concerto. Por tabela, o questionamento também se aplica aos conjuntos musicais que ocupam a maior parte da programação anual com o repertório standard, chegando estes a repetir certas partituras por alguns anos seguidos. Acontece que, em contrapartida, todos os grandes regentes e instrumentistas são medidos e avaliados pelo domínio de execução das obras canônicas, seja pela capacidade de evidenciar da melhor forma possível toda a expressão e arquitetura dessas obras, seja pela percepção para ressaltar aspectos e nuances pouco percebidos nas interpretações convencionais. Essa é a chave principal para observar a execução de peças como as do repertório de hoje, trabalhadas ao longo da semana no Curso de Regência da MIMO 2011.

Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e maestros selecionados
Seminário de Olinda, às 11h deste domingo

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Beethoven
Abertura Leonora III

Rossini
Abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha

Liszt
Os Prelúdios

Tchaikóvski
Sinfonia n° 4

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O ministrador do curso
Isaac Karabtchevsky é o regente mais lembrado em qualquer recall informal entre o grande público apreciador de música clássica. Chegou à Petrobras Sinfônica em dezembro de 2003 e executou a integral das sinfonias de Tchaikovsky e das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos em 2004. A partir do ano seguinte, iniciou o Ciclo Mahler, que completará a execução das dez sinfonias do compositor austríaco em 2008. Regeu a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) entre 2003 e 2010 e a Orchestre Nationale des Pays de la Loire, em Nantes, França, entre 2004 e 2009. Passou nos anos anteriores pela Sinfônica do Teatro La Fenice, de Veneza, a Tonkunstler Orchester de Viena, a Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo e a Sinfônica Brasileira. Atualmente, além da Petrobras Sinfônica, dirige a Orquestra Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli.



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