Foto: Beto Figueiroa |
A apresentação do pianista Daniel Gortler nesta sexta lotou a Capela Dourada de admiradores e leigos interessados em apreciar o universo aparentemente hermético da música clássica. Seu repertório ateve-se aos românticos Schumann e Mendelssohn, intercalando obras de cada um. No total, foram três obras mais um bis reproduzidas com maestria ao piano, que variavam entre o lúgubre e o alegre.
Foto: Beto Figueiroa |
A Capela Dourada pareceu o ambiente perfeito para abrigar esse concerto. As igrejas, lembremos bem, são locais de reverência a autoridades divinas do catolicismo, onde é necessário seguir uma liturgia específica. Os concertos não são nem um pouco diferentes na formalidade e decoro. A orquestra ou o intérprete são representantes de uma arte maior, canonizada pela história. O público, por sinal, soube se comportar muito bem e respeitar a etiqueta dos concertos. Ao invés de bater palmas ao fim de cada movimento, os aplausos apareceram apenas no final de cada obra.
Foto: Beto Figueiroa |
Questão levantada anteriormente pelo próprio blog, Daniel Gortler não parece trazer exatamente uma inovação na sua forma de executar artistas consagrados ao piano. Ele, a rigor, se esforça - e consegue - para trazer ao público uma experiência impecável. Se não é possível esperar algo de incomum, também não se pode colocar defeito em sua técnica, capaz de arrancar sinceros elogios da plateia.
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